Piscina interior

Tinham passado apenas cinco dias, um dos empregados da minha mãe tinham ido buscar o meu carro arranjado, não tinha tantos estragos quanto parecia. Entrei devagarinho na piscina e bati com a minha perna devagarinho, apesar de ter apenas sido um deslocamento, doía tanto ou mais, como se tivesse partida e precisava de fazer algum exercício.

Fiz uma careta quando a minha tia me apareceu pelo quarto a dentro com um vestido novo na mão - Para que é isso? - perguntei-lhe apontando para o mesmo.
- Veste. Vamos sair.
Levantei uma sobrancelha e vesti-me. Não me lembrava que fosse uma data especial mas devia ser anos de que eles se tinham mudado cá para casa ou que tinham ganho dinheiro por causa de mim ou outra coisa fútil qualquer. E iamos festejar.
Fui ao roupeiro tirar uns sapatos que condizessem e coloquei-me à frente do espelho para meter alguma maquilhagem. Sorri quando o Ben me apareceu no quarto todo arranjadinho - Estás tão giro.
Ele fez um sorriso rebelde que ficava adorável por ele ter dez anos - Tu também. Agora anda que eu vou acompanhar-te. - agarrei no braço dele a rir-me.
Levantei uma sobrancelha quando eles pararam o carro não à frente de um restaurante mas à frente de uma casa - Que é isto? - perguntei ao Ben que encolheu os ombros.

vestido:

-Eric - ouvi gritarem quando vi a cima e fiz uma careta quando vi a minha mãe toda arranjadinha a olhar-me incrédula. - Tu ainda não estás arranjado? - perguntou-me com as mãos na cintura e eu fiz uma careta. Tinha-me esquecido por completo que ela tinha feito um jantar qualquer aqui em casa. Saí da piscina passando a mão pelo cabelo - Mas onde é que andas com a cabeça? - perguntou-me ela e sem lhe responder subi para o quarto indo tomar ainda um banho quentinho, não era eu que estava com pressa.

Continuei com uma cara de espanto enquanto descíamos as escadas e mal chegámos à piscina, deixei cair a mão, aproximando-me devagarinho.
- A Cate ia delirar com isto.- acabei por sorrir ao imaginar.

Fechei a porta daquela zona e fui ligar o sistema voltando a ir ter com ela - quem é a Cate? - perguntei olhando para o jacuzi que estava a fervelhar. Eu precisava mesmo daquilo. Agarrei-me ao ferro e saltei para lá sentando-me e esticando as mãos para que ela viesse ter comigo.

Fiquei a olhá-lo enquanto entrava para o jacuzzi e fui ter com ele, agarrando-me a ele para entrar com a sua ajuda. Suspirei agrada quando senti tanto quentinha e encostei-me a ele.
- A Cate é uma das minhas irmãs.- sorri.- há a Cate e há a Mia, elas são gémeas.- dei-lhe um beijinho no maxilar.

-São mais novas? - perguntei passando os lábios pela sua testa e encostando a minha à dela. - Eu gostava de ter irmãos, mas só tenho os dois pirralhos - encolhi os ombros roçando os meus lábios no maxilar dela.

Dei mais beijinhos por toda a extensão do seu maxilar e rodeei a sua cintura com os meus braços, chegando-me muito para ele enquanto assentia.
- Sim, têm cinco cada uma.- disse com um sorriso.- eles vivem cá contigo? - olhei para cima, para ele.

Fechei os olhos enquanto ela me beijava o maxilar e assenti devagarinho com a cabeça.
-Sim, nós vivemos todos cá em casa, eles são três, eu sou um - encolhi os ombros e olhei-a - assim os mimos vieram todos para mim - gozei.

Continuei a dar-lhe beijinho enquanto ele falava e levantei a cabeça, semicerrando-lhe os olhos com um sorriso.
- Então já não precisas de mais beijinhos nem mimos.- encolhi os ombros com uma cara gozona.- ainda ficas mimado.- disse muito séria.

Revirei os olhos com o que ela disse.
-Eu já sou mimado, por isso se me tirares essas coisas todas só vou ficar pior - resmunguei puxando-a mais para mim.

Ri-me baixinho quando ficou todo resmungão e subi para o seu colo, rodeando o seu pescoço com os meus braços depois de colocar uma perna para cada lado.
- Amua lá.- provoquei com um risinho e mordi-lhe o queixo.

Levantei a cabeça para a olhar e enfiei a minha cabeça nas suas mamas.
-Não vou amuar - resmunguei cruzando os braços ao meu peito, levantando o olhar para ela com uma cara chateada.

Levei as mãos ao seu cabelo enquanto me ria e fui-lhe fazendo festinhas no mesmo até ele levantar a cabeça com uma cara toda amuada.
- Olha que não parece nada.- mordi o lábio, toda derretida e puxei-o para mim, dando-lhe beijinhos pela cara toda.

Sorri quando senti os seus beijinhos pela minha cara e fechei os olhos passando as mãos pelas suas costas enquanto ela mos dava.
-Eu sabia que não me resistia - sorri beijando-lhe o ombro.

Semicerrei os olhos quando disse que eu não o resistia e mordi-lhe a bochecha, colando o meu nariz no seu para olhar os seus olhos muito de perto, chegando mesmo a trocar os meus.
- Eu resisto-te.- menti.- era só para desamuares.- rocei o meu nariz no seu.

Fiquei a olhar os seus olhos com um meio sorri e toquei-lhe na bochecha com a mão molhada.
-Eu sei que não me resistes - murmurei esticando-me até lhe morder o lábio como ela tinha gostado da outra vez - não mintas.

Encostei a minha cara mais à sua mão quando me tocou na bochecha e revirei-lhe os olhos, soltando um gemidinho quando me voltou a morder o lábio. Podia habituar-me facilmente àquilo. Passei as mãos pelo seu peito despido e inclinei ligeiramente a cabeça.
- Eu não resisto.- murmure, mas rapidamente lhe apontei o dedo.- mas tu também não me resistes que eu sei.

-Eu não te resisto - encolhi os ombros e levantei o olhar para ela - já sabias isso há muito tempo - queixei-me com um suspiro fingido mas logo ri dando-lhe um beijinho na bochecha - quando é que tens que ir embora? - perguntei com um suspiro.

Sorri toda marota quando disse que não me resistia e mexi as sobrancelhas para cima e para baixo, agarrando-me a ele.
- Tenho de estar lá às seis.- disse com um suspiro. Não me apetecia mesmo nada ter de ir embora.

-Então... - fiz uma careta olhando para o relógio que estava a cima da porta. - É melhor sairmos daqui - murmurei - amanhã vamos ao cinema - sorri-lhe para a tentar animar passando a mão pela sua bochecha.

Suspirei baixinho quando percebi que já estava quase na hora e assenti, levantando-me do seu colo com uma cara tristinha. Acabavam sempre com os bons momentos. Ainda para mais, não estava com vontade nenhuma de ir para lá.
- Tens alguma toalha ou assim? Não te quero molhar a casa.- fiz um gesto qualquer com a mão.

Mordi o lábio com o seu ar triste e fui só buscar a toalha, para a tapar e a encostar a mim.
-Não fiques assim, sabes que vais estar comigo - murmurei sorrindo levemente - Não te vou deixar lá sozinha nunca mais - fechei os olhos - não até saires de lá - olhei os seus olhos.

Deixei que me embrulhasse na toalha e encostei depois a minha cabeça no seu ombro quando me encostou a ele.
- Eu sei que vou, mas prefiro estar contigo sem estarmos lá.- murmurei com um suspiro e levantei a cabeça, assentindo.