Jardim

Abracei-a quando me fez o mesmo e encostei a cabeça ao seu ombro assentindo com a cabeça e apertando-a contra mim.
-É isso mesmo. - ri-me baixinho.

Apertei-o conta mim com tanta força que fiquei com medo de o ter aleijado por instantes. Ele fazia-me sentir bem, eu gostava dessa sensação. Coloquei-me em biquinhos dos pés para o poder abraçar melhor e sorri, um sorriso gigante.
- Finalmente que admites vedeta.- mordi-lhe a bochecha.

Fiz uma careta quando apareci no jardim e vim o meu primo às marmeladas com outra qualquer e revirei os olhos virando costas. Eles que se divertissem que eu precisava era de sair de casa. Passei por novo pela miinha mãe, mas ignorei-a.

Fechei os olhos quando me apertou contra ela e fiz-lhe o mesmo, apertando-a contra mim com força, roçando os meus lábios no seu pescoço.
-Não consigo evitar - admiti baixinho contra a sua pele.

Mordi o lábio ao sentir o meu corpo prensado no seu e encolhi-me com um sorriso.
- Não evites.- murmurei.- beija-me as vezes que quiseres.- passei as mãos pelo seu cabelo, roçando os meus lábios pela sua bochecha.

Ri-me com o que ela me pediu e fui encosta-la a uma árvore.
-Ai é? - perguntei puxando-a para mim, levantando as suas pernas para que viesse para o meu colo - então eu beijo-te - disse baixinho.

Mordi o lábio enquanto o olhava muito encostado a mim e assenti com a cabeça, subindo depois para o seu colo e rodeando a sua cintura com as minhas pernas.
- Beija.- sussurrei, olhando os seus olhos.

Apertei as suas pernas encostando-me completamente a ela e descei os meus beijos pelo seu peito, afastando a minha camisola do seu corpo.
-Eu beijo - disse baixinho.

Rodeei também o seu pescoço com os meus braços e suspirei baixinho, estremecendo ao sentir a minha camisola subir. Afundei as mãos no seu cabelo e mordi o lábio com força, sentindo toda a minha pele arrepiar-se debaixo dos seus lábios.

Não ia fazer nada aqui, a minha tia às vezes tinha a mania de vir passear pelo jardim e ainda nos apanhava. Dei-lhe a minha mão e beijei a mesma fazendo-a subir de novo para o meu quarto, e assim que fechei a porta atirei-a à cama.

Assim que chegámos ao jardim, sentei o Alex num dos sofás e sorri quando vi o Ben e a Rachel a ir para a beirinha da piscina de mão dada - Tenham cuidado. - disse-lhes preocupada antes de dar a mão ao Alex quando ele se levantou e quis passear por ali. Estar ali fazia-me lembrar o Eric, o primeiro jantar. Ainda não sabia se era suposto casarmos ou não, pela minha tia sim mas por eles não sabia e se sim, agora é que ia ser mesmo um casamento por obrigação, tinha a certeza que o Eric não me queria ver à frente. Suspirei e continuei com atenção aos miúdos. Mesmo que não fosse haver nada entre nós ou que fosse por obrigação, eu gostava demasiado da Rachel e do Alex e de ver a maneira radiante do Ben ao estar com a Rachel para deixar de ir àquela casa, mesmo isso signficando que ficava com o coração apertado por causa do Eric. A minha mãe sempre me tinha chamado o seu anjinho porque dizia que eu me preocupava muito com os outros, às vezes mais do que comigo mesma e que era muito carinhosa. O anjinho dela tinha mudado depois dela e da irmã terem morrido, agora a única coisa que lhe fazia as duas era a tatuagem das asas que tinha nas costas.

Sentei-me na borda da piscina ao lado do Ben e da Rachel que andavam os dois aos segredinhos e sentei o Alex nas minhas pernas, deixando as dele dentro de água assim como as minhas - Cuidado com a água. - disse-lhe rindo-me e beijando-lhe a bochecha. Não aguentava. Custava-me estar ali sem ele ou se calhar até me ia custar estar ali com ele mas naquela casa tudo me fazia lembrar o Eric. Eu ia dar em maluca.

Ajeitei o Alex no meu colo e ri-me quando ele começou a chapinhar com as pernas, fazendo a água da piscina saltar - Está quieto. - disse-lhe rindo-me de novo - Eles querem namorar. - disse ao ouvido do pequenino e apontei para a Rachel e o Ben que continuavam agarradinhos aos segredos. O Alex riu-se todo espertinho e parou de mexer as pernas.

Olhei para o Ben e suspirei, levantando-me e colocando o Alex no chão - Ben, temos de ir embora. - já era tarde e apesar de a minha tia amar que nós estivessemos aqui, ia passar-se se soubesse que estávamos sem o Eric estar, e não me admirava nada que já se soubesse da fuga do Eric nas revistas cor de rosa. Ele fez beicinho e assentiu com a cabeça, dando um beijinho na bochecha da Rachel - Voltamos amanhã, prometo.

Voltei para dentro de casa deles e despedi-me da Rachel e do Alex, tal como o Ben. Fiz uma festinha no cabelo do pequenino quando se veio agarrar às minhas pernas - Amanhã voltam? - perguntou a Rachel com um suspiro.
Sorri e assenti com a cabeça, dando a mão ao Ben quando veio ter comigo - Sim, amanhã nós voltamos, prometo.

Quando voltámos para casa, a minha tia estava completamente histérica a querer saber se havia novidades. O Ben passou a correr por ela e foi para o quarto, tinha passado o caminho todo a falar em desenhos para a Rachel para lhe dar amanhã. Ignorei-a também e subi para o meu quarto. Doia-me o braço por isso o melhor era descansar.

No dia seguinte, só acordei às tantas da tarde e o meu braço ainda me doia. O Ben ainda me tentou convencer a ficar em casa e irmos a casa deles noutro dia mas eu tinha prometido e sabia que apesar de tudo, ele estava mortinho por ir - Vamos hoje. - depois de me arranjar toda, voltei a levar o Ben. A minha tia estava toda contente, via-se mesmo que ainda não sabia de nada se não estava a trepar as paredes e a meter trancas na porta.

Quando chegámos a casa dos Grant, a Rachel veio a correr para me dar um beijinho e agarrar-se ao braço do Ben de seguida. Ri-me e peguei no Alex ao colo, dando-lhe um beijinho na bochecha. Voltei a levá-los para o jardim porque estar dentro daquela casa só me fazia pensar no Eric. Fora também mas sempre era melhor.

Começava a tentar esquecer-me do Eric e apesar de passar a vida na casa dele e de estar com os irmãos dele e tudo o mais, o entusiasmo dos miúdos começava a deixar-me mais entretida e a fazer mais do que pensar nele e em nós os dois juntos. Fiz uma pequena careta por causa do meu braço e suspirei, sorrindo com o beijinho que o Alex me deu.

Mordi o lábio inferior quando vi que tinha um monte de chamadas não atendidas da minha tia. De certeza que já se sabia que o Eric não estava em LA e ela começava a querer saber o que é que eu fazia tanto aqui em casa sem ele cá estar. Levantei o olhar quando o Ben apareceu à minha frente a perguntar se estava tudo bem e se me doia o braço. Continuava a doer mas era normal, não podia fazer nada - Não se passa nada, vai lá brincar antes que tenhamos de ir embora. - encostei a minha cabeça à do Alex e sorri quando ele me deu festinhas no braço magoado.

Os dias pareciam que passavam cada vez mais devagar. O pior nem era isso, era a vontade que eu tinha de o ver, que ele voltasse para casa e que eu o visse ali. O que era uma parvoice, ele tinha saido de LA com a companhia dele e nós não éramos nem tinhamos nada. Suspirei e olhei para o meu braço que continuava com a ligadura. A médica tinha dito que só ia ficar com uma pequena cicatriz, nada de especial, até poderia ser confundida com um sinal mais claro.

Os dias foram passando e a rotina continuava a ser a mesma. Depois das aulas do Ben e de ele fazer os trabalhos, iamos a casa dos Grant para visitar a Rachel e o Alex. O meu braço começava a doer menos e tinha uma consulta no dia seguinte, esperava já puder tirar o apoio e ficar só com uma ligadura.

Sorri levemente quando agradeceu e fechei os olhos quando senti os seus lábios perto dos meus. Virei a cara para a olhar e dei-lhe um beijinho nos lábios encostando-me ao seu corpo enquanto dava festinhas no cabelo do meu irmão. - Não agradeças, o mínimo que posso fazer - disse baixinho. - Os teus tios não vão tocar no dinheiro dele.

Rocei os meus lábios nos do Eric enquanto sorria e continuei a fazer festinhas ao Alex, levantando a outra mão para fazer o mesmo ao Eric - Não quero que eles ganhem, percebes? Eles fazem tudo isto porque querem ficar com o dinheiro e ter a fama e tudo isso. - encolhi os ombros - Já que eu sou dada a qualquer um para a fortuna, ao menos que possa escolher a quem é que quero dar a minha parte do dinheiro.

Fechei os olhos quando senti as suas festas no meu cabelo e encostei-me mais a ela beijando-lhe os lábios de novo - eu percebo - disse baixinho - e eu não quero que eles ganhem também, já basta o que te fazem - encostei a cabeça ao seu ombro como o meu irmão tinha feito - vou conseguir fazer o que disse, a minha mãe não quer dinheiro e também não o quer perder para os teus tios - encolhi os ombros.