[Rés do Chão] Hall de Entrada

Ri-me do seu amuo e beijei-lhe a testa.
- Não te posso contar ou deixa de ser surpresa, amor.
Tapei-lhe os olhos com uma venda que tirara do bolso e quando o táxi parou frente à nossa nova casa saí e ajudei-a a sair; paguei e tirei as nossas malas, levando-as até ao portão.
Conduzi Evelyn até ao portão.
- Pronto. - tirei-lhe a venda.

Abri a boca de espanto quando ele me tirou a venda que tinha nos olhos e vi uma casa enorme, mesmo bonita. Estive algum tempo sem dizer nada, tentado perceber se estava a sonhar ou algo assim.
- Tu...? - nem acabei a pergunta porque acabei por me abraçar a ele e beija-lo, ouvindo ainda o taxista a rir-se dentro do carro. - Oh meu Deus... tu és maluco. - murmurei contra os seus lábios.

Ri-me contra os seus lábios.
- E ainda nem a viste por dentro. E temos tudo isto só para nós. - sorri-lhe.
Peguei nas nossas malas depois de lhe dar mais um beijo.
- Vamos?

Ajudei-o com as malas.
- Vamos. - sorri.
Eu ainda nem acreditava muito bem naquilo, era como um sonho tornado realidade.

Abri os portões com o comando e entrei com ela; esperamos que fechassem e subimos as pequenas escadas do alpendre. Pousei as malas que tinha na mão direita e abri a porta, dando-lhe acesso ao hall de entrada.
- Faça favor. - cedi-lhe passagem.

Sorri-lhe feita parva e entrei, colocando a mala que eu trazia no chão e olhei em volta.
- Belisca-me... - pedi baixinho por tudo aquilo que estava a acontecer, acabando por gargalhar pouco depois de ter feito tal pedido.

Ri-me e voltei a pegar nas malas, colocando-as à entrada; fechei a porta e virei-a para mim.
- Até faço melhor que isso.
Peguei-a ao colo e beijei os seus lábios.

Rodei o seu pescoço com os meus braços assim como a sua cintura com as minhas pernas, retribuindo carinhosamente o beijo.
- Tornaste um dos meus sonhos realidade, amor... - confessei baixinho contra os seus lábios e olhando-o nos olhos.

Sorri contra os seus lábios, agarrando-a pelas pernas.
- E quais são os outros sonhos? - perguntei, mordendo-lhe o lábio levemente.

Mexi no fundo do seu cabelo.
- Se chegares a realiza-los depois eu digo-te. - sorri-lhe piscando-lhe o olho de seguida.

Olhei-a.
- Mas não me vais dizer, é? - fingi-me indignado.

Beijei a ponta do seu nariz ao vê-lo meio amuado.
- Não... - ri-me.

Pousei-a no chão.
- Então vai ver o resto da casa sozinha. Vou comer alguma coisa.

Abracei-o por trás colocando o queixo no seu ombro com alguma dificuldade por ele ser mais alto.
- Não sejas assim... - pedi-lhe.

Mordi o lábio levemente e beijei-lhe a testa.
- Sabes bem que não consigo, parva.

Sorri e beijei o seu ombro mesmo por cima da roupa.
- Queres que faça algo para comeres ou safaste na cozinha? - perguntei.

Virei-me para ela.
- Podias vir experimentar o balcão comigo. - brinquei.

Gargalhei ao ouvir o que ele tinha dito.
- Ai era? Então porque? - fiz-me de desentendida.

Encolhi os ombros.
- A casa é dos dois, cozinhamos os dois.

Fiz uma careta.
- Então... até vou contigo.

Sorri-lhe e puxei-a comigo para a cozinha.
- Pensavas em quê, hun?