Varandas

Saí no meu andar e tirei as chaves do bolso, abrindo a porta do me apartamento.
Entrei no mesmo e dirigi-me à cozinha onde fiz algo para comer e fui até à varanda da sala, sentando-me num dos sofás a comer enquanto ouvia música.

Depois de ter ido à cozinha fazer um bule de chá e ter pegado em três canecas, fui até ao meu quarto para vestir o pijama e ir buscar uma manta; fui buscar o tabuleiro à cozinha, colocando um prato com bolachas e fui até à varanda da sala, colocando sobre a mesa.
- Na varanda da sala. - disse alto para eles ouvirem, estivessem onde estivessem.

Quando estava a sair da casa de banho ouvi Lanie a dizer que estava na varanda da sala, fazendo-me ir até lá. Sorri um bocadinho ao ver o chá já pronto e agarrei numa chavena com cuidado. - Obrigado - sentei-me ao lado dela beijando-lhe o ombro.

Vi Liam aparecer da sala e sorri-lhe quando me agradeceu, arrepiando-me um pouco quando me beijou o ombro.
- A tua mana? - perguntei, colocando as pernas à chinês e pegando no bule para virar na sua chávena. - Quando chegar diz. - disse, começando a virar.

-Deve estar a devorar o teu quarto com os olhos - sorri-lhe olhando para o chá a cair na chavena - chega - disse quando ficou a meio. - ajuda a dormir? - perguntei encostando a cabeça ao sofá.

Ri-me.
- O meu quarto não é nada demais. - fiz uma careta.
Assenti depois de bebericar um pouco do meu chá.
- A mim sim. - sorri-lhe docemente.

-Mas és uma rapariga crescida, segundo ela, ela adora cuscar - ri-me encostando-me a ela depois de beber o meu chá - então a mim também deve ajudar. - sorri-lhe passando um dedo pela sua bochecha.

Arregalei os olhos.
- Ela gosta de cuscar? - abanei a cabeça.
Mordi o lábio quando se encostou a mim.
- Posso pôr as pernas no teu colo? Assim também ficas coberto... - murmurei quando me tocou na bochecha e bebi mais um pouco de chá, pegando numa bolacha.

Ri-me assentindo - gosta - olhei para as suas pernas puxando-a mais para mim - podes - encostei a cabeça ao seu ombro - não tens que pedir permissão a mim para fazer nada, estás em tua casa.

Encostei a cabeça no seu peito e coloquei as pernas no seu colo, chegando a manta para ele também.
Segurei a chávena com as duas mãos para as aquecer e fiz uma careta.
- Ainda me encontra as fotos obscuras. - gozei.
Olhei-o e abanei a cabeça.
- Mas não é por estares em minha casa que és meu e eu posso fazer o que quero. - arqueei o sobrolho com o que acabara de dizer e bebi chá para disfarçar o meu corar.

Olhei os seus olhos com um meio sorriso.
-Eu sou quase teu- ri-me baixinho encostando a cabeça à dela - podes meter as pernas em cima de mim, podes estar descansada.

Arregalei os olhos.
- Tu és quase meu? - perguntei com uma voz fininha e corei. - Comprei-te? - brinquei e continuei de olhos arregalados.
Pousei a chávena na mesinha e olhei para cima, para ele. Levei uma mão à sua bochecha e respirei fundo; levantei um bocado a cabeça e fechei os olhos, juntando os meus lábios aos dele.
Deixei a mão deslizar para o seu pescoço e depois levei-a ao seu cabelo, agarrando-o na t-shirt com a mão livre.

Assenti com a cabeça quando perguntou se me tinha comprado e ri-me, fiquei quietinho quando ela respirou fundo como se estivesse a preparar para alguma coisa, e ao perceber que me ia beijar apenas sorri um bocadinho indo de encontro à sua boca e beijando-a. Agarrei na sua cintura puxando-a mais para mim e ajeitando-a no meu colo.

Ri-me quando o vi assentir e mexi no seu cabelo com as pontas dos dedos, mordendo-lhe o lábio levemente de forma tímida.
Senti-me corar e rocei os meus lábios nos seus.
- Oh meu Deus, desculpa. - disse apressadamente.

Encostei-me mais a ela tentando não abusar e puxei-a ainda mais para mim ouvindo-a depois a pedir-me desculpas. Olhei os seus olhos e fiz uma ligeira careta abanando a cabeça - não peças desculpa. Foi só um beijo. - passei a mão pela sua bochecha corada.

Mordi o lábio quando o senti puxar-me mais para si.
Sentei-me no seu colo e aninhei-me.
- Disseste que eu podia fazer o que queria. - justifiquei com um sorriso querido. - Então vou continuar, posso?

Ri-me quando voltou a perguntar se podia e nem lhe respondi, apenas agarrei na sua bochecha puxando-a mais para mim e baixei a cara até a beijar de novo. - Podes - murmurei contra os seus lábios.

Sorri contra os seus lábios.
- É tão estranho fazer isto. - admiti, rindo-me.
Peguei em mais uma bolacha.

-Porquê? - perguntei roubando-lhe a bolacha para eu comer. Ri-me esticando-me até agarrar noutra e dei-lha na boca, devagarinho.

Dei-lhe uma sapatada por me roubar a bolacha.
- És rapaz. E eu nunca cheguei a estar com uma pessoa algum tempo.
Mordisquei a bolacha e mordi-lhe o dedo devagarinho.

Passei os lábios pela sua bochecha e abracei a sua cintura quando acabei de lhe dar a bolacha.
-Eu trato-te bem, prometo - murmurei encostando a cabeça de novo ao seu ombro.

Sorri envergonhada.
- Eu confio em ti e sei que sim. - assenti levemente.
Fiz-lhe festinhas no cabelo carinhosamente.

Sorri esticando a cabeça até lhe dar um beijinho ao de leve nos lábios.
-Ainda bem - murmurei ouvindo a minha irmã entrar, fazendo-me afastar a cara, mas nem por isso a larguei. Ela sorriu com cara de caso e sentou-se à nossa frente.
-Não quero interromper, podem dar beijinhos à vontade - disse enquanto comia uma bolacha de nariz empinado.

Sorri contra os seus lábios e assustei-me ao ouvir a porta, vislumbrando depois Julianne que vinha cheia de sorrisinhos.
- Isso querias tu. - fiz-lhe uma careta e escondi a cara no peito de Liam.