Starbucks

Fui andando sempre ao lado dela, ou tentando, visto que ela estava sempre a andar mais depressa. - Hmhm. - ri-me e mordi o lábio. - Sei bem que querias, não queres é admitir. - retorqui chegando-me para mais perto dela.

Engoli em seco quando o senti chegar-se para ao pé de mim, mas não me mexi.
- Eu não quero nada vindo de ti.- resmunguei com um revirar de olhos.- por isso, podes ir ter com as tuas amiguinhas e deixar-me em paz.- respirei fundo quando vi a minha casa ao longe.

Revirei os olhos quando ela disse aquilo das amiguinhas. - Não me apetece. - fiz um sorriso cínico e continuei a andar. - Estou com vontade de te chatear a ti. - disse ainda com o mesmo sorriso estampado no rosto.

Atravessei a rua que dava para minha casa e comecei a subir as escadinhas que davam até à porta de entrada.
- Que pena que acabei de chegar a casa, não é? - ri-me cínica.

Olhei a sua casa quando por fim lá chegámos e subi as escadas atrás dela. - Muita pena mesmo. - disse fazendo um ar meio triste. - Posso continuar a fazer-te companhia... - disse.

Encostei-me à porta enquanto procurava pelas minhas chaves dentro da mala e ri-me sarcástica com o que ele disse.
- Fui obrigada a aturar-te durante o caminho todo.- murmurei sempre de olhos postos na mala.- já cheguei, e como viste não fui raptada.- merda, onde é que estavam as chaves? - agora podes ir embora.

Ri-me das coisas que ela disse enquanto seguia todos os seus movimentos com o olhar. - No fundo tu até gostas de me aturar. - encolhi os ombros e continuei a olhar para ela a mexer na mala. - Queres ajuda? - perguntei com um risinho.

Revirei os olhos por ele se estar a rir, mas nem disse nada. Eu só queria encontrar as minhas chaves.
- Podes calar-te? - resmunguei, completamente irritada. Cerrei o maxilar quando ele continuou a rir-se e levantei o olhar da mala. Aproximei-me dele e pousei as mãos no seu peito, empurrando-o.- desaparece Dylan! - gritei.

- Já te disse para seres tu a calar-me. - disse e continuei a rir-me dela. Estava a divertir-me imenso com aquilo. Olhei para ela e no momento em que me empurrou como não estava a contar com aquilo desiquilibrei-me nas escadas caindo de seguida. - Au! - resmunguei quando o meu braço bateu numa das escadas. - Estúpida!! - resmunguei várias vezes enquanto esfregava o braço.

- Finalmente.- resmunguei quando encontrei as escadas e desviei o olhar para ele, arregalando os olhos quando o vi caído no chão.- oh meu deus.- murmurei de lábios entreabertos e desci as escadas a correr, indo ter com ele.- desculpa, eu não queria..- abanei a cabeça e olhei para o braço dele.- dói muito? - perguntei preocupada, sentindo-me mais do que culpada por o ter empurrado.

Continuei a esfregar o braço quando ela veio ter comigo. - Agora já te preocupas é? - perguntei com um revirar de olhos. - E dói. - disse num tom de resmungo e irritação.

Passei as mãos pela cara e soltei um suspiro baixinho. Tudo bem que ele me irritava, mas eu não queria matá-lo nem nada do género. Levantei-me e agarrei-lhe no braço bom, tentando puxá-lo.
- Anda, eu vou tratar do teu braço.- disse baixinho.

Suspirei e levantei-me assim que ela me puxou pelo braço. - Pelo menos isso. - resmunguei com um revirar de olhos.

Assenti com a cabeça e mordi o lábio inferior - Nada de toques. - repeti o que ele disse e caminhei ao lado dele até chegarmos ao starbucks. Suspirei e tentei pensar naquilo que queria pedir mas era dificil, a minha cabeça estava em todo o lado menos ali - Acho que não consigo o nada de toques, Eric. - calei-me quando entrámos e uma empregada veio ter connosco toda sorridente.

Assenti com a cabeça quando ela repetiu o que eu tinha dito e assim que chegámos fiquei a olhar para o balcão, tentando decidir o que queria. Olhei Llly mordendo o lábio com o que disse - tenta - disse com um sorriso maroto. Eu também estava a tentar. Subi o olhar para a empregada, que era uma conhecida minha - Olá Sue - sorri-lhe para ser simpático, andava a esforçar-me para isto - eu quero um chocolate quente com avelã.

- Hm. - encolhi os ombros quando ele disse para tentar. Sim, ele tinha razão. Eu ia ficar quieta, já nem me mexia mais. Nada, não ia acontecer mais nadinha. Olhei para a empregada que o Eric andava todo aos sorrisinhos e esforecei-me para não revirar os olhos. Pois, a essa não havia nada de nada de toques de certeza. Era como com a Mariah. Podiam tocar muito - Eu quero um latte de baunilha se faz favor.

Virei costas depois de Lilly fazer o seu pedido e ainda foi com a mão para agarrar na sua, mas não o fiz, limitando-me a olha-la e apontar para uma mesa no fundo, sentando-me na cadeira junto à parede. Olhei para ela e mordi o lábio para não rir - Porque é que estás com essa cara de carneiro mal morto? - perguntei.

Fui sentar-me na mesa para onde ele apontou e apoiei os cotovelos na mesa enquanto deixava o queixo nas mãos. Encolhi os ombros com a pergunta dele e desviei o olhar para ver o interior do café e olhar em volta, basicamente para não olhar para ele que estava a morder o lábio todo feliz. Devia ser o efeito da Suezinha - Por nada. Não estou assim como tu dizes.

Ri-me abanando a cabeça e toquei-lhe no queixo fazendo-a olhar-me - Estás com ciumes da Suezinha? - perguntei e eu tentei, eu juro que tentei, mas tive que o fazer. Passei a mão pela sua perna, subindo ligeiramente por ela - Ou isso é tudo por não me poderes tocar? - perguntei perto dela.

Virei a cara para ele quando me tocou no queixo e me obrigou a olhá-lo - Suezinha. - repeti com um revirar de olhos. Mordi o lábio inferior quando senti a mão do Eric a subir pela minha perna e senti a minha respiração acelarar. Olhei para ele quando se aproximou mais de mim - A Suezinha pode tocar-te. - encolhi os ombros - É melhor ires tocar-lhe também. - os meus braços já estavam com pele de galinha e tinha uma vontade enorme de ir obrigar a Suezinha a comer os guardanapos todos que estavam ali no suporte.

Ri-me ao perceber que ela estava mesmo com ciúmes - são as duas coisas - apertei a sua perna quando já ia bem lançando com as mãos e beijei-lhe o pescoço vendo Sue a com as nossas coisas, que sorriu ao nos ver. - Estão aqui os vossos pedidos - colocou à nossa frente - vão querer mais alguma coisa?

Cruzei os braços no peito para não fazer disparates e sentei-me muito direita na cadeira quando me apertou a perna por baixo da mesa - Eric. - murmurei quando me beijou o pescoço. Eu bem que tinha dito que o nada de toques não ia resultar. Esfocei-me para sorrir à Suezinha quando veio trazer os nossos pedidos - Mais nada, obrigada. - virei a cara para o Eric - Quer dizer, se calhar ele quer mais alguma coisa. - sorri-lhe cinicamente.

Estávamos numa mesa recatada, ninguém nos via e Sue também não conseguia ver o que eu estava a fazer-lhe debaixo da mesa. Rocei os meus dedos para cima e para baixo, ficando depois com a mão debaixo do seu vestido. Olhei para Lilly e para o seu sorriso cínico e fiz um igual - não quero nada Sue, obrigado - sorri-lhe.

Mordi o lábio inferior e cruzei as pernas quando ele continuou a passar os dedos para cima e para baixo nas minhas pernas. Controlei-me para não o morder todo quando fez aquele sorrisinho e voltei a virar-me para a Sue - Então não é nada, obrigada. - segui-a com o olhar enquanto se ia embora e voltei a virar-me para o Eric - Pensava que era nada de toques, Grant.

Fiquei com a mão presa nas suas pernas, o que me fez remexe-la propositadamente. Agora era eu que não me conseguia controlar. - Eu sei, isso era o suposto - encolhi os ombros e apertei-lhe a pena - mas ficas tão engraçada com ciúmes que eu não me consegui conter - mordi-lhe o maxilar, encostando depois a cabeça ao seu ombro.