Bar de Alterne

Suspirei baixinho com o seu estado e encostei-me ao banco ficando durante uns segundos agarrado ao volante, mas quando me farta fiz marcha-atrás e dirigi-me a toda a velocidade para casa. Enfiei o carro para dentro da garagem e fui ao outro banco agarrando numa mão de Camilla para a ajudar a levantar-se. Por alguma razão eu começava a ficar furioso. Não era com ela, era mais comigo por não conseguir fazer nada para a ajudar depois do que ela já tinha feito por mim.

Fui durante todo o caminho em silêncio, a ver a estrada a passar por mim. Sentia-me péssima, como se um camião me tivesse passado por cima, mas não conseguia evitar, era assim que eu me sentia, miserável. Desapertei o cinto assim que reconheci a garagem da casa de Fly e quando estava prestes a sair, já ele estava lá para me ajudar a fazê-lo. Aceitei a sua ajuda, passando uma mão pela bochecha depois de já estar cá fora e encostei-me ligeiramente ao seu braço enquanto entrávamos em casa.
- A tua mãe está aqui? - perguntei com a voz rouca, por ter estado tanto tempo a chorar.