Cozinha

Relembrando a primeira mensagem :

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Rocei os meus lábios no maxilar do Eric e assenti com a cabeça - Não te preocupes, não vai ser mais preciso que eu me arme. - deixei cair novamente as pernas e voltei a virar-me para a frente assim que o Eric foi tratar das coisas para o pequeno almoço - Queres ajuda em alguma coisa? - perguntei-lhe enquanto batia com as mãos na bancada - Posso ajudar.

Assenti à sua pergunta passando-lhe uma taça e os ingredientes - Põe para aí isso, eu depois mexo - fiz um pequeno impulso para me sentar em cima das bancadas, ficando a olha-la. - Porque é que te meteste à minha frente? - Eu tentava não pensar naquilo nem falar, mas começava a tonar-se impossível. - Podias ter tido azar.

Comecei a fazer aquilo que ele me disse mas parei assim que ele voltou ao tema do tiro. Mordi o interior da bochecha e demorei um bocadinho a levantar o olhar para ele - Porque não conseguia ficar quieta a ver que tinhas uma bola vermelha nas costas. - disse com um suspiro - Apesar de seres chato e irritante, não te conseguia ver morto. - encolhi os ombros - E no fundo pensava que ia conseguir empurrar-te sem que nenhum de nós ficasse ferido.

Mordi o lábio desviando o olhar do dela para uma das janelas que havia na cozinha. Ia dizer algo que não ia soar nada bem, mas acabei por me calar. Eu não queria que ela se zangasse mais comigo, mas era verdade. Eu também não podia morrer se me queriam casar com ela, pelo menos não antes do casamento. - Obrigado - agradeci virando-me depois para ela e estiquei-me até lhe beijar a testa - faz isso antes que morras à fome.

- De nada. - disse com um pequeno sorriso. Ri-me com o que ele disse a seguir e assenti com a cabeça, continuando a tratar da massa para as panquecas - A minha barriga não voltou a fazer barulho por isso acredito que esteja tudo bem por enquanto. - voltei a rir-me e levantei o olhar para ele. Estava a ficar maluca. Pára de olhar para ele, Lillianne.

Sorri quando se riu e abanei a cabeça - não vamos arriscar - respondi-lhe quando me olhou. Agarrei na taça quando ela acabou de mexer e afastei-me para ir tratar do fogão e da frigideira e dessas coisas todas. - Anda, vem pôr chocolate para ires a rebolar para casa. - brinquei virando a cara para trás, para a conseguir olhar.

Saltei do banco e agarrei na taça com a massa das panquecas para me aproximar do sitio onde o Eric estava. Pousei a taça no balcão mesmo ao seu lado e ri-me com o que ele disse, esticando-me até lhe conseguir morder o braço - Parvo. Não me chames gorda. Até parece. - revirei os olhos e mordi-o de novo - Vê lá se eu não me vingo. - coloquei um dedo dentro da taça e tirei um bocado de massa que esfreguei na bochecha do Eric enquanto me ria.

Olhei-a quando me mordeu o braço e passei as mãos pela minha barriga. - Até parece o quê? - Perguntei - eu sou magro e delineado - olhei-a com um sorriso travesso - tu é que nunca viste - coitada, ela também não tinha culpa visto que eu nunca tirava a camisola. Semicerrei os olhos quando senti a minha bochecha suja estiquei o dedo para a taça até lhe fazer o mesmo. - Vingaste com sujidade? - perguntei.

Encolhi-me toda e comecei a fugir assim que o Eric colocou o dedo dentro da taça com a massa das panquecas. Ri-me enquanto abanava a cabeça e apontei para o fogão que estava atrás dele - Olha as panquecas. Deixa-me em paz sossegadinha e faz as panquecas para nós comermos. - disse soltando outra gargalhada enquanto me sentava no banco.

Ri-me olhando para o fogão e abanei a cabeça colocando um pouco da massa em cima das panquecas. Agarrei na minha espátula antes que ficasse toda nojenta. - Não te preocupes, hei-de vingar-me da tua terrível vingança. - gozei olhando para trás. Uma coisa era certa, nunca a tinha ouvido rir-se tanto, e eu a mesma coisa, visto que minha vida era uma autêntica porcaria.

Deitei a cabeça em cima dos meus braços enquanto o olhava e sorria - Não vais nada. Não vou deixar. Eu sei maneiras de te deixar quieto. - disse mordendo o lábio e lembrando-me da nossa ida ao café. Saltei do banco e aproximei-me por trás dele, passando a pontinha dos dedos pelas suas costas - Ainda tens as minhas cuecas? - perguntei baixinho contra a sua orelha assim que me meti em bicos de pés.

Mordi a parte de dentro do lábio com a sua meia chantagem e olhei-a, virando-me para ela com um sorriso matreiro. Ela não ia conseguir manter-me quieto, pelo menos não tão facilmente, queria irrita-la. - Não, deitei-as fora - disse mas acabei por me rir assentindo - tenho, estão no meu quarto - voltei a virar-me, colocando a panqueca pronta num prato.

Coloquei os meus braços à volta do tronco do Eric e encostei-me às costas dele. Mordi-lhe a pele por cima da camisola quando disse que as tinha deitado fora mas fiz logo um sorrisinho quando disse que as tinha guardadas no quarto. Coloquei uma das mãos dentro da camisola dele, deixando-a ficar na zona dos abdominais, não ia subir para o peito, sabia que ele não gostava e nem dava muito jeito, e passei as unhas por aquela zona - Eu disse que as ias guardar.

Fiquei paradinho quando ela se encostou às minhas costas e fechei os olhos assim que colocou as mãos dentro da minha camisola. Por alguma razão eu já confiava nela, por isso nem me importei em controlar as suas mãos, para que não fossem para o meu peito. Deixei as minhas mãos irem para trás costas sentindo o seu corpo e esqueci-me daquilo que tinha pensado. Já não me apetecia irrita-la. Virei-me para ela e agarrei-lhe na cara puxando-a para um beijo.

Cheguei-me mais para as costas do Eric quando ele esticou os braços para trás e mordi o lábio inferior quando ele se virou de repente de frente para mim. Meti-me em bicos de pés assim que ele me agarrou na cara e fechei os olhos enquanto nos beijávamos. Cheguei-me mais para ele enquanto aprofundava o beijo e tive de me afastar apesar de não querer assim que começou a cheirar a queimado - As panquecas. - murmurei rindo-me. Assim que a comida estivesse feita, ia voltar a agarrar-me a ele.

Agora que a estava a beijar não queria parar por nada. Puxei-a ligeiramente para cima mas tive que parar quando ela se afastou e falou nas panquecas. Olhei para trás fazendo uma careta quando vi uma dela toda queimada e virei-a colocando-a depois no lixo. Desisti das panquecas e olhei para as que já estavam no prato, deviam chegar. Eu não comia muitas e ela também não devia comer assim tantas. Coloquei o prato no meio do balcão e andei à frente dela, fazendo-a andar para trás, para que nos fossemos sentar. - Vamos comer.

Andei para trás até senti um banco bater-me no rabo e continuei a olhar para o Eric, com os meus braços à volto do seu tronco. Trepei para cima do banco ainda virada de frente para ele e mordi o lábio, fazendo um sorrisinho espertinho quando o ouvi - Vamos comer? - repeti puxando-o com a camisola mais para mim - Por mim, pode ser. - desci as minhas mãos até ao rabo do Eric e apertei o mesmo, colocando as minhas pernas à volta dele de seguida.

Olhei para o seu sorriso espertinho e não consegui não deixar de sorrir baixando-me lentamente até estarmos com as suas caras muito próximas. Cheguei-me mais para ela quando me apalpou e abracei a sua cintura mal as suas pernas se enrolaram no meu quadril. Baixei os meus lábios na sua direcção e assenti com a cabeça - são melhor quentes - disse contra os seus lábios.

Mordi-lhe o lábio inferior e puxei o mesmo com os meus dentes enquanto o olhava. Ri-me com o que ele disse e assenti com a cabeça - Podemos ir para a tua piscina interior. Lá é quente e já comemos à vontade e é melhor. - rocei os meus lábios nos seus e sorri contra os mesmos, fazendo um esforço gigante para me afastar. Depois de comermos continuava. Era dificil mas tinha de ser. Virei-me para a bancada e tirei uma panqueca para mim - Se não fosse a minha barriga barulhenta. - disse com um suspiro fingido.

Ri-me abanando a cabeça - podemos ir para lá depois se quiseres - lembrei-me da última vez que lá tínhamos estado e puxei o meu banco para me sentar ao seu lado mal ela se afastou e eu fiz o mesmo. Estava a tornar-se cada vez mais complicado e cada vez mais confuso. Estiquei-me até tirar uma panqueca do prato e começar a comê-la. - Como é que estão as coisas em tua casa? - perguntei - os teus tios e o Ben.

Assenti com a cabeça enquanto lhe sorria - Sim, podemos fazer isso. - dei uma trinca na minha panqueca e mordisquei o lábio inferior assim que o Eric perguntou como é que estavam as coisas em casa. Estavam iguais a sempre. Quer dizer, não era tão assim. A minha tia só queria que eu viesse cá para casa porque não tinha ficado a saber que o Eric tinha desaparecido. Quer dizer, tinha aparecido nas revistas mas ela dizia que os jornalistas só inventavam e que sabia que eu estava muito bem com ele - Iguais. - disse-lhe continuando a comer - O Ben tem saudades da Rachel. Já não a vê à um tempinho.

Levantei-me indo buscar um sumo ao frigorífico e sentei-me a tempo de a ouvir responder-me. - Isso não parece ser muito bom - eu podia gostar dela, mas casar não era das coisas que estava na minha lista. Ainda por cima com tudo o que se já tinha passado continuava a não confiar. Os tios dela ainda me podia querer alguma coisa para ficarem ricos. Mais do que já faziam. Eu pensava em todas as probabilidades, depois do que tinha acontecido tinha ficado maluco. Acabei de comer a minha panqueca e servi-lhe o sumo - Podes trazer cá sempre que quiseres. Ela até ando mais triste. Ele faz-lhe bem. - acho que é alguma coisa de família.

Encolhi os ombros com o que o ouvi dizer e continuei a comer a minha panqueca - Já estou habituada a isso. Passado um tempo passa mesmo a ser uma coisa normal. - expliquei e dei um gole no sumo assim que ele me encheu o copo. Sorri com o que ele disse e assenti com a cabeça - Ele costumava vir quando tu não estavas cá. - mordi o interior da bochecha e senti um arrepio ao lembrar-me daquela semana. Ele tinha ido com a Mariah, tinha estado com a Mariah - Eu volto a trazê-lo um dia destes.

Olhei-a quando falou na semana em que eu não tinha estado cá e tentei não pensar muito nisso. Não considerava um erro, mas não achava que tivesse sido a melhor escolha. Virei-me para ela com um sorriso - podes trazer quando dizer eu não como a criança - disse levantando-me e aproximei-me dela para beijar os seus lábios ao de leve, lambi os meus depois de o fazer - sabes a chocolate - semicerrei os olhos e agarrei-lhe nas duas mãos para sairmos dali.

Dei uma gargalhada com aquilo que o Eric disse e assenti com a cabeça - Eu sei. Da próxima vez que vier eu trago-o. - disse com um sorriso. Agarrei nas mãos do Eric quando se levantou para sairmos da cozinha e voltei a rir-me quando ele disse que eu sabia a chocolate - Tu também sabes. - mordi o lábio inferior e voltei a encostar-me a ele e colocar os meus braços à volta do seu tronco - Vamos para o quentinho? - perguntei com um sorriso.