Quarto da Lilly

Levantei uma sobrancelha tentando lembrar-me de Mariah quando estava connosco, mas sinceramente ela não estava muito presente na minha memória.
-Porquê? O que é que ela fez?

- Ela estava toda lançada em cima de ti e sorridente enquanto falava. - encolhi os ombros - Ah, e concordou contigo. A Mariah nunca concorda com outras pessoas muito menos quando me obrigou a sair de casa para ir para a festa.

Fiz uma careta enquanto a olhava.
-Ou então estava só preocupada contigo - passei a mão pela sua bochecha para ver se ainda estava quente e suspirei baixinho - como é que estás?

- A Mariah? - levantei uma sobrancelha e nem disse mais nada. Sim, a Mariah preocupava-se era com ela, e com os outros nos tempos livres. Encolhi os ombros e suspirei - Igual a antes. Acho que até ando a espirrar mais.

-De quem é que estávamos a falar? - revirei os olhos tapando-a melhor com a manta, deitando-me novamente - Ainda tens frio? - perguntei mordiscando o interior do meu lábio enquanto a olhava. Abanei a cabeça e suspirei - dorme. - pedi.

- De ti e da tua homossexualidade. - respondi e tapei a cara com as mantas automaticamente antes que ele se passasse - Está bem. - fechei os olhos.

Revirei os olhos e agarrei no seu corpo abanando-o ligeiramente, aproveitando que ela estava toda tapada com as mantas.
-Pára de me chamar gay - resmunguei afastando-me dela para a deixar dormir que era o que fazia melhor.

Fiz uma careta debaixo das mantas quando ele se meteu a abanar-me e destapei a cabeça - Pára de me abanar, credo. - deitei-lhe a lingua de fora - Chamo-te gay porque é o que és e não há que ter medo de admitir.

Fiquei a olhar para ela quando voltou a dizer o mesmo de sempre e cerrei o maxilar respirando fundo. Controla-te Eric. Não, não te controles. Agarrei-lhe na cabeça mal acabou de falar e baixei-me até a conseguir beijar.

Arregalei os olhos quando ele me agarrou na cara e me beijou. Coloquei as mãos nos ombros dele e afastei-o.
- Primeiro, não me beijes. Segundo, estou doente, tem lá calma comigo. E terceiro, lamento mas isso não prova nada. Foi o beijo mais gay de sempre. - encolhi os ombros e deitei-me de novo.

Olhei para ela quando me afastou e não consegui parar os meus lábios de se curvarem e se levantarem e da minha gargalhada emitir uma gargalhada.
-Tu gostaste - assenti com a cabeça deitando-me novamente - dorme - mandei pela milésima vez - mas não sonhes comigo que eu sou da Mariah. - gozei.

Levantei uma sobrancelha quando ele se começou a rir - Eu não disse que tinha gostado. Isso nem foi beijo, não envolveu linguas e eu nem me mexi. - encolhi os ombros. Fiz-lhe um pirete, tirando a mão debaixo das mantas - Eu não sonho contigo não te preocupes. E sonha muito com a Mariah.

Fiz um sorriso estúpido e tapei-a com a manta.
-Anda dorme e cala-te que ficas melhor assim. Falas de mais. - disse agarrando numa das almofadas que ela tinha ali na cama, fechando os olhos.

- Significa que tenho boca e que tenho cabeça para te responder e não para ficar calada como tu gostas que elas sejam. - revirei os olhos. Olhei para ele agarrado à almofada - Sabes que podes meter-te debaixo das mantas não sabes? Não morres por te tapares.

-Ainda me violas - gozei olhando para as mantas, acabando por ir lá para baixo, até porque estava muito mais quentinho. Agarrei-me às mantas enfiando a cabeça por uns segundos debaixo delas. Daqui a pouco quem estava doente era eu.-Tu não sabes como é que eu gosto delas, podes não falar de mim como se me conhecesses? - perguntei com um resmungo.

Fiquei quieta enquanto ele se enfiava debaixo das mantas e voltei a espirrar, fazendo uma careta. Levei a mão à testa e suspirei quando me senti quente na mesma. Olhei para o Eric e encolhi os ombros - Não resmungues, ficas mais feios e gay.

Revirei os olhos, mas só fiquei calado durante uns segundos.
-Não preciso que aches o contrário - disse fechando os olhos, e apesar de não conseguir dormir, fingi ao fim de algum tempo, que o fazia para ver se ela se calava e fazia o mesmo.

Fiquei a olhar para ele quando fechou os olhos e revirei os meus - Eu sei que estás a fingir. - abanei a cabeça. Enterrei a cabeça na almofada quando espirrei e agarrei-me à mesma de seguida enquanto o olhava. Só conseguia ficar bonitinho assim. Quer dizer, mesmo sem ser assim.. Ai Lilly, pára de pensar nessas coisas, tens namorado.
- Parvalhão. Gay. Estúpido. Sim, és isso tudo.

Acabei por me virar de costas para ela enquanto falava e suspirei baixinho agarrando-me mais às almofadas, continuando de olhos fechados. Estava a controlar-me para não me passar da cabeça enquanto ela dizia aquelas coisas todas. Ela conseguia irritar-me de uma maneira que nem a minha irmã conseguia quando fazia birras.

Revirei os olhos quando ele se deitou na cama de costas para mim e meti-me debaixo das mantas todas. Voltei a espirrar e sorri por estar tão quentinha ali de baixo. Fui descendo pela cama até estar mais ou menos a meio da mesma e aproximei-me mais dele. Baixei-lhe as calçar muito rapidamente e de seguida mordi-lhe o rabo por cima dos boxers. Desatei-me a rir estupidamente e encolhi-me numa bolinha, à espera do ataque dele.

Fiz uma careta quando a senti movimentar-se, mas não me mexi, supostamente estava a adormecer. Abri os olhos arregalando-os quando senti uma dentada no meu rabo fazendo-me saltar na cama até ficar sentado.
-Tu estás maluca? - perguntei levantando as mantas.

Mordi o lábio inferior para não me rir e fiquei só com os olhos de fora quando ele baixou as mantas todas. Eu estava mal, além de doente parecia bêbada ou mocada. Assenti com a cabeça e encolhi os ombros - É o efeito que tens em mim, Eric. Tu deixas-me louca. - fiz um olhar sexy seguido de um 'rawr'. Apontei para ele e sorri inocentemente - Não gostas que te mordam o rabo? É tão giro, morder o rabo às pessoas.

Estava a olhar feito parvo para ela e com o que ela estava a dizer. Ela só podia estar a delirar, mesmo assim acabei por fazer o meu sorriso estúpido.
-Tu gostaste do meu beijo, ficaste toda maluquinha - ri-me voltando a deitar-me - mas a sério dorme, e não sonhes comigo que a cama ainda fica molhada.

Fiz uma careta com o que ele disse e abanei a cabeça - Aquilo nem foi um beijo. Aquilo era o beijo que eu dava ao meu namorado da primária. - encolhi os ombros. Belisquei-lhe o rabo, mais de lado por ele estar deitado de barriga para cima e revirei os olhos - Eu não fico molhada por causa de ti, não te preocupes. Tu é que vê lá se não ficas ai com o bicho em pé. - dei-lhe uma palmada rápida no material e espirrei mesmo para estragar o meu momento.

-Queres que eu te mostre o que é um beijo a sério, então? - perguntei de olhos fechados, sabendo que ela estava a olhar para mim, abri os olhos quando senti a sua mão no meu material e levantei a cabeça. - Sim, por tua causa - revirei os olhos rindo-me e voltei a virar-me de costas - dorme que o teu mal é sono.