Bar de Alterne

Revirei os olhos quando também os revirou e olhei-o por cima do ombro quando me puxou para ele, com uma cara desconfiada.
- Estúpido.- murmurei com um suspiro mas deixei-me estar encostadinha a ele, sentindo-me ficar mais quentinha. Ele era diferente dos outros, agora tinha a certeza.

Encolhi os ombros quando me chamou de estúpido e encostei a cabeça à sua puxando uma das mantas para cima de nós. Funguei por ainda estar constipado e fechei os olhos adormecendo pouco depois.

Aconcheguei-me mais nele quando puxou uma manta para cima de nós e fechei os olhos com um pequeno suspiro. Acabei por os abrir pouco depois ao ouvir a sua respiração abrandar e olhei-o por cima do ombro, vendo-o a dormir que nem um bebé. Sorri levemente e voltei a aconchegar-me, acabando por adormecer também.

Acordei com um tremelique e abri os olhos passando a mão pela minha bochecha.
-Isto é gelado também - resmunguei baixinho, supostamente para Camilla, mas reparei que estava a dormir.

Senti-me despertar quando senti movimento a meu lado, mas deixei-me estar de olhos fechados. Sorri levemente por já estar a resmungar e virei-me para ele, batendo com a cara no seu peito, ainda de olhos fechados.
- Há mantas no armário.- fiz um gesto qualquer com a mão.

Olhei para baixo passando a mão pelo seu cabelo, para o tirar da cara e fui até ao armário buscar mais colocando-as por cima de nós e encostando-me novamente a ela.
-Viste como é uma noite fixe? - perguntei baixinho.

Soprei para ajudar a retirar alguns cabelos da cara e fiquei à espera que fosse buscar as mantas, voltando a encostar-me a ele depois.
- Hmhm.- murmurei, acabando por rodear a sua cintura com os meus braços.- nunca tinham feito isto comigo.- confessei baixinho.

Puxei a manta para a tapar mais, devia estar cheia de frio só com aquela coisa curta. Fechei os olhos novamente e encolhi os ombros.
-Eu sou fixe e não sou gay - fiz uma careta puxando as mantas também mais para cima de mim.

Esfreguei o nariz no seu peito e acabei por esconder a cara no mesmo, soltando um suspiro baixinho.
- Eu sei vedeta.- murmurei com um risinho ao lembrar-me de como tinha ficado quando o chamei de gay.- mas não havia problema se fosses.- encolhi os ombros.- não tenho problemas com isso.

Levantei a cabeça para a olhar e deitei-a na cama.
-Eu sempre te posso mostrar que não sou gay - disse fazendo um ar superior - e vê lá se me páras de chamar vedeta, continuo a não gostar de ti.

Afastei a cabeça do seu peito para o olhar e ri-me baixinho com o que disse, fazendo um sorriso maroto.
- Eu acho que não tens estofo, é por isso que só queres dormir.- encolhi os ombros de forma provocadora. Revirei os olhos quando voltou a dizer aquela merda e afastei-me completamente dele, virando-lhe costas.- como queiras, vedeta.- resmunguei e puxei mais a manta para mim, de forma a roubar-lha.

Mordi o lábio com força quando ela me começou a provocar, o que fez com que eu agarrasse nos ombros dela e a virasse para mim.
-Eu tenho estofo. - disse-lhe aos olhos - e deixa de ficar amuada - revirei os olhos.

Revirei os olhos quando me virou para ele e bufei para o ar, olhando para os seus olhos quando me apeteceu fazê-lo.
- Não és tu que não gostas de mim? - sorri cinicamente.- então deixa-me.- resmunguei, soltando-me das suas mãos e voltando a virar-me.

Foi a minha vez de revirar os olhos e larguei-a indo até à janela olhando lá para fora escondendo-me quando vi flashes. Mordi o lábio indo para debaixo das mantas quando senti frio e enfiquei a cabeça também lá dentro.

Senti-o sair da cama mas nem por isso me mexi, tapando-me até cima com as mantas. Ele era estúpido, não gostava dele, não gostava. Para que é que ele estava sempre a repetir a mesma coisa? Era irritante. Cheguei-me mais para a pontinha quando o senti voltar e suspirei baixinho.

Senti-a afastar-se mas não me importei, pelo menos não apanha virus. Quando voltei a fechar os olhos adormeci e inconscientemente procurei por mais quentinho, só o sentindo quando me agarrei mais a ela.

Fiquei a olhar para um ponto fixo na parede e cerrei o maxilar, tentando parar de tremer. Estava tanto frio. Não te vais chegar para ele, não vais. Engoli em seco e virei a cara para o lado devagarinho, vendo-o a dormir. Mordi o lábio e quando dei por mim, já estávamos juntos de novo.

Enfiei a cabeça numa coisa ainda mais fofinha e sorri abanando a cabeça roçando lá o nariz. Quando fiquei um pouco mais consciente percebi que era apenas as mamas de Camilla, mas não liguei, para ela não ter feito nada era porque não fazia mal.

Remexi-me quando senti um peso sobre mim, mas de repente ficou tão quentinho que nem sequer me dignei a abrir os olhos. Acho que nunca tinha dormido tão quente e tão confortável como estava agora.

Abri os olhos por causa do barulho e fiz uma careta. Que nojo, eu escusava ouvir os gemidos dos outros ou das outroas. Levantei a cabeça olhando para Camilla e abanei-a ligeiramente.

Resmunguei baixinho quando comecei a ser abanada e esfreguei os olhos, obrigando-os a abrirem-se. Mal a minha visão se focou, olhei a vedeta, capaz de o matar por me ter acordado.
- O que foi? - perguntei toda mal humorada, só ouvindo depois os barulhos que vinham dos outros quarto.- eww.- fiz uma careta, começando a rir-me depois.

Olhei-a com cara de mau quando começou a falar para mim toda mal humorada e voltei a deitar-me cruzando os braços.
-Podia haver alguma coisa que detivesse os sons - olhei-a quando a ouvi a rir-se a acabei por fazer o mesmo enquanto a olhava.

Oh meu deus, aquilo tinha tanta graça, pareciam sei lá o quê a fazer aqueles barulhos todos. Agarrei-me à barriga, tentando parar de rir e deixei-me cair para cima dele, escondendo a cara no seu peito.
- Estão a divertir-se ali ao lado.- gargalhei, fungando por já estar a chorar.

Ri-me agarrando-a pelas costas e abanei-a ligeiramente por já estar a chorar.
-Tu diverteste? - tive que perguntar e passei a mão pela minha barriga tentando acalmar o riso porque agora já estava a falar a sério.

Ri-me ainda mais por me estar a abanar e esfreguei o meu nariz no seu peito, sentindo todo o meu corpo contrair quando me fez aquela pergunta. Calei-me de repente e engoli em seco, encolhendo os ombros.
- É o meu trabalho.- murmurei.